quarta-feira, 15 de junho de 2011

Trabalhadores mobilizados para obter maior reajuste






O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul realizou na tarde desta quarta-feira, dia 15, mais uma assembleia de mobilização dos trabalhadores para a assembleia-geral que será  realizada no próximo sábado (18), as 9h30  na sede central do Sindicato (Bento Gonçalves, 1513). Mais de 700 trabalhadores do turno da tarde ouviram por 2h30min os argumentos da diretoria do Sindicato.

O vice-presidente da entidade, Leandro Velho, salientou o crescimento recorde da indústria caxiense no ano de 2010. Segundo os próprios empresários têm divulgado, o crescimento no ano passado foi de 54,7%. Somente o setor metalúrgico registrou no período um incremento de 31,8%. “Para se ter uma ideia, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro foi de 7% em 2010, então os empresários locais precisam reconhecer  o valor do trabalhador que foi responsável pelo seu crescimento”.

Após três rodadas de negociação com o Simecs, pouco se avançou no índice de reajuste de salários. Enquanto os metalúrgicos reivindicam 14%, baseado na soma da inflação de 6,30% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e os 7,5% de crescimento acumulado dos últimos 12 meses, os empresários ofereceram apenas 7% alegando dificuldades econômicas. “De nada adianta o desenvolvimento econômico que ocorre neste momento no Brasil, e ainda maior em Caxias do Sul, se parte deste resultado não for parar no bolso do trabalhador, que é quem agrega valor à produção”, defendeu o secretário-geral do Sindicato, Jorge Rodrigues, que trabalhou na Fras-le por 30 anos. 

A próxima rodada de negociação com os empresários será realizada na próxima sexta-feira, às 15h, na Ftec, mas a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos acredita que não haverá avanços na negociação, por isso está convocando toda a categoria para participar no sábado da assembleia-geral, na qual será apreciada e votada a proposta de reajuste. “Se não houver avanços, vamos parar as fábricas, mas para isso é preciso a participação dos trabalhadores na decisão”, afirma Velho.

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