sábado, 9 de julho de 2011

Metalúrgicos aprovam proposta de 9,25% de reajuste salarial


Os metalúrgicos de Caxias do Sul e região aprovaram na manhã deste sábado, dia 9, em assembleia geral realizada na sede do Sindicato, a proposta de reajuste salarial de 9,25% e alguns avanços em cláusulas sociais. O percentual obtido nas negociações representa quase 3% de ganho real, ficando acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo, observou que o índice não atende completamente às expectativas da categoria, mas deve ser considerada uma vitória porque é o maior reajuste do Rio Grande do Sul e um dos maiores do país. Segundo Assis, o índice passará a ser referência em outros polos metalmecânicos do Brasil. “Esse acordo vitorioso só foi conquistado graças à união e a mobilização da categoria junto ao Sindicato e agora a base para os dissídios no Brasil não será 7%, 8%, mas os 9,25% dos metalúrgicos de Caxias do Sul”.

A aprovação pela ampla maioria e da proposta, foi avaliada pelo presidente como a resposta do trabalhador às declarações e recomendações feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para que os empresários brasileiros não concedessem aumentos salariais com índices acima da inflação.

O reajuste de 9,25% e as duas cláusulas sociais (que amplia o limite de faltas permitidas para que as mães metalúrgicas acompanhem filhos ao médico e a que concede ganhos ao trabalho sindical) aprovadas na assembleia passam a valer a partir do mês de setembro.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Dissídio dos Metalúrgicos poderá ser decidido no sábado


 
   A negociação do dissídio dos metalúrgicos de Caxias do Sul e Região poderá ser dedicida no próximo sábado, na assembleia geral da categoria. Após um mês e meio de mobilizações e busca de entendimento na mesa de negociações, a patronal ofereceu ínidice de 9,25% de reajuste salarial e alguns avanços em cláusulas sociais. A proposta será apresentada e colocada em votação na assembleia geral que será realizada sábado, às 9h30min, na sede do Sindicato (Rua Bento Gonçalves, 1513), em Caxias do Sul.

   A última proposta do Simecs (Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico) foi apresentada em negociação, quarta-feira. Segundo o vice-presidente, Leandro Velho, a direção do Sindicato dos Metalúrgicos acredita que esse é um índice aceitável e vitorioso para os trabalhadores. Embora não corresponda a totalidade da expectativa da categoria, é o maior índice do estado e um dos maiores do país: o ganho real será de quase 3%. Ainda, segundo Velho, a decisão caberá aos trabalhadores e a assembleia, que é soberana, é que vai decidir. “Os trabalhadores é que irão dizer se concordam com o índice ou não”.  

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Metalúrgicos decidem sobre dissídio sábado





   O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região tentou mais uma vez negociar com o sindicato patronal o dissídio coletivo 2011.  A última reunião com a diretoria do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) ocorreu na manhã desta segunda-feira, dia 4, quando os representantes dos trabalhadores voltaram a defender um índice de reajuste maior que o oferecido pelos empresários e em melhores condições de trabalho. Os representantes das duas categorias se comprometeram em avaliar detalhes e voltar a conversar na próxima quarta-feira, dia 6.

   Para o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Leandro Velho, as negociações evoluíram, mas ainda é preciso avançar mais quanto ao índice proposto e cláusulas sociais. “Estamos chegando perto de um acordo, mas esperamos que na quarta-feira os empresários nos apresentem uma proposta aceitável que será colocada em votação na assembleia geral, sábado, pois é a categoria que vai decidir se aceita ou não, se paralisa ou não”. O grande encontro dos trabalhadores será realizado sábado, dia 9, às 9h30, em frente à sede da entidade (Rua Bento Gonçalves 1513), para decidir os rumos do movimento.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Metalúrgicos da Eaton se mobilizam por adicional noturno


O sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realizou, na tarde desta quinta-feira, dia 3, uma assembleia em frente a empresa Eaton. O objetivo foi informar os trabalhadores sobre o adiamento da assembléia geral da categoria, que seria realizada nesta sexta-feira, dia 1º e para discutir mudanças no adicional noturno.

A empresa modificou recentemente tanto a carga horária quanto o horário de início e término da jornada de trabalho dos funcionários sem processo consultivo obrigatório por lei. Os funcionários perderiam o adicional noturno, começando a trabalhar 10 minutos antes do horário normal no terceiro turno.

Insatisfeitos, os trabalhadores procuraram o Sindicato e no dia 20 foi realizada uma mobilização na frente da metalúrgica. As negociações com a empresa resultaram na seguinte proposta, aprovada pela assembleia:  os trabalhadores começarão a trabalhar 10 minutos antes e estes 10 minutos serão excluídos do adicional noturno, mas pagos no salário normalmente. "Os metalúrgicos da Eaton são um exemplo para a categoria, pois não abriram mão dos seus direitos. A questão não são os 10 minutos e sim o respeito que se deve aos trabalhadores", afirma Leandro Velho, vice-presidente do Sindicato.

Os metalúrgicos receberam apoio de Alex dos Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, que subiu no caminhão e fez uso da palavra para elogiar a atitude dos trabalhadores, na luta pelos seus direitos. "Os metalúrgicos de Caxias do Sul são um exemplo para os cariocas”.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Sindicato realiza mobilização na Amalcaburio




  Na manhã desta quinta-feira, dia 30 de junho, o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realizou uma mobilização em frente à empresa Amalcaburio. Os sindicalistas informaram aos trabalhadores sobre o adiamento da assembleia geral que seria realizada nesta sexta-feira, dia 1º. A assembleia terá uma nova data, a ser definida, devido aos avanços nas negociações.
  O vice presidente do Sindicato, Leandro Velho, destaca que as negociações continuam, mas o índice ainda não está fechado. "Não podemos dar passos em falso, enquanto tivermos algo a ser discutido, vamos poupar os trabalhadores da assembleia geral e seguir na luta pelo dissídio". O presidente lembra que a categoria é quem vai definir quando é hora de parar, mas adianta que 8% não é o número definitivo.  
  Durante a assembleia, a diretoria também lembrou que uma das principais reclamações dos trabalhadores da Amalcalburio é quanto ao sistema de controle de produtividade, denominado de “Numerocom”, que consiste em um equipamento eletrônico que avisa a chefia quando o trabalhador diminui a produtividade.  “É uma espécie de terrorismo com o trabalhador, pois quando a produtividade diminui, uma  luz vermelha acende no painel e o superior chama a sua atenção”, afirmou Velho. Além disso, os trabalhadores contestam o valor pago pela empresa referente ao PPR, segundo eles muito inferior ao lucro da empresa no ano.
  A assembleia desta manhã contou com a participação do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Alex Santos que veio prestar apoio à Campanha Salarial e salientou a importância da união da categoria. "É preciso que todos os trabalhadores se unam, temos que ser metalúrgicos da nação Brasil."
  A Amalcaburio é uma empresa especializada no fornecimento de produtos ao mercado de reposição e de montadoras, atuando principalmente na linha de peças e de cabines para veículos pesados. 

   

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sindicato informa trabalhadores da Marcopolo sobre dissídio

Direção do sindicato fala dos avanços da campanha salarial 2011

Na manhã desta quarta-feira, dia 29 de junho, o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realizaram uma mobilização em frente à empresa Marcopolo/Planalto.Os sindicalistas informaram aos trabalhadores sobre o adiamento da da assembleia do dia 1º de julho e reforçaram a importância da união dos metalúrgicos neste momento. "A categoria deve continuar unida, para alcançarmos os nossos objetivos", afirma Leandro Velho,vice-presidente do Sindicato.
Na ocasião também foi apresentado avanço em uma das cláusulas sociais: Antes as mulheres metalúrgicas tinham direito de ficar apenas um dia com os seus filhos doentes. Com a conquista, as mães poderão acompanhá-los por dois dias sem descontar do salário. Os metalúrgicos confirmaram os avanço nos números do dissídio, e esperam até o final da manhã desta quarta-feira, o contato do Simecs, para decidirem os rumos da campanha salarial 2011.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Metalúrgicos mobilizam trabalhadores da Agrale e da Guerra





Sindicato realizou assembleias em duas empresas 

Nem a temperatura negativa da manhã desta terça-feira, dia 28, em Caxias do Sul, impediu os trabalhadores das empresas Agrale e Guerra de pararem para ouvir a direção do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região. Os sindicalistas realizaram as assembleias nas duas empresas para convocar os trabalhadores para a assembleia-geral, que será realizada na próxima sexta-feira, dia 1º, na sede da entidade, na Rua Bento Gonçalves, 1513, para decidir se a categoria aceita a proposta do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs).

Por volta das 7h, o termômetro marcava -2ºC, quando chegaram os trabalhadores da Guerra SA, empresa que obteve em 2010 crescimento de 56%, totalizando uma receita líquida de R$ 467,8 milhões, contra R$ 299,5 milhões do ano anterior. “A China, que foi o país que mais se desenvolveu nos últimos anos, cresceu 9% e as empresas de Caxias do Sul cresceram em média 31,8%, então não podemos nos contentar com apenas 8% de reajuste:”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Leandro Velho, observando que a antecipação dos 8%, recomendado pelo Simecs às empresas associadas não invalida a luta dos trabalhadores. “É até bom que antecipem, mas não podemos nos iludir porque o aumento real nestes 8% é de apenas 1,56%, visto que a inflação no período foi de 6,44%, então a nossa luta não se encerra aí”.

O diretor do Sindicato, Luis Fernando da Silva, que também é trabalhador da Guerra, observou que apesar de todos os resultados positivos, a empresa, considerada a segunda maior fabricante nacional de implementos rodoviários, apresenta muitos problemas, como locais insalubres. “Muitos trabalhadores do setor de semi-reboques estão sofrendo com Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e continuam tendo que trabalhar nas mesmas condições”. 

Na Agrale, que fechou o ano com lucro líquido de R$ 27 milhões, representando margem final de 4,2% e um lucro bruto 54% maior que em 2009, os trabalhadores de dois turnos pararam para ouvir o apelo para que a categoria se mantenha unida. “O Sindicato sozinho não conquista nada se não houver a mobilização de toda a categoria”, afirmou o secretário-geral do sindicato, Jorge Rodrigues, conclamando os trabalhadores para que sexta-feira participem da caminhada da empresa até a sede do  Sindicato. “Os empresários podem ser donos das fábricas, mas não podemos deixa-los se apropriarem da nossa capacidade, pois eles mesmos admitem que somos uma mão de obra altamente qualificada”, encerrou Leandro Velho. 

Os metalúrgicos reivindicam reajuste salarial de 14%, baseado na soma da inflação de 6,44% calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e 7,5% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado nos últimos 12 meses. 

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sindicato dos Metalúrgicos convoca trabalhadores da Progás/Braesi






Os cerca de 300 trabalhadores da empresa Progás/Braesi permaneceram paralisados na manhã desta quarta-feira (22) para ouvir o chamamento do Sindicato dos Metalúrgicos para a grande Assembleia do dia 1º de julho.

Uma das cláusulas sociais debatida nesta manhã foi a utilização de câmeras de vídeo, instaladas na Progás e em outras empresas do setor metal-mecânico da região. “ Passado mais de um século do final da escravidão, nos vemos submetidos à praticas iguais.  É um absurdo ser vigiado desta forma. “salientou Leandro Velho, vice-presidente do Sindicato. A cláusula reivindicada proíbe a utilização de câmeras de vídeo e restringe seu uso apenas à segurança patrimonial.

Além da questão das câmeras, o Sindicato dos Metalúrgicos vem tentando implementar outros avanços nos direitos dos trabalhadores da empresa, como a Programa de Participação nos Resultados (PPR), inexistente até então.

A líder sindical Jusmari dos Santos aclamou as mulheres da categoria, em grande número na Progás, apontando para os direitos femininos reivindicados nesta Campanha Salarial.  “Igualdade de salários, direito a permanecer com nossos filhos quando estão doentes e melhorias no auxílio creche são alguns dos debates que estamos levantando neste dissídio. Precisamos estar juntas nesta luta.” afirmou.

A Progás/Braesi é uma empresa especializada na fabricação de produtos para a gastronomia, como fogões industriais, fornos, tachos fritadores e fogareiros.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Metalúrgicos contestam posição do Simecs

Sindicato patronal tem postura contraditória 





Um dia após o Sindicato as Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs) apresentar à imprensa, avaliação do desempenho econômico-financeiro das empresas do setor nos últimos dois anos e no primeiro quadrimestre de 2011, o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região rebate os argumentos dos empresários. Segundo o sindicato patronal, o reajuste reivindicado pelos trabalhadores não pode ser concedido, devido à perda de competitividade o que, segundo o economista do Sindicato dos Metalúrgicos, David Fialkow, não reflete a confortável situação das empresas que cresceram em 2010, 31,8% em média, sendo que algumas delas chegaram a acumular incremento de mais de 85% no faturamento.
De acordo com o economista, não há desaquecimento da economia e o desempenho da indústria caxiense cresceu inclusive no mercado nacional. O desempenho positivo pode ser observado tanto no balanço da Marcopolo quanto no da Randon e da Fras-le. “Além disso, valorização cambial e altos custos logísticos já existiam quando ocorreu o fantástico desempenho de 31,8% da indústria Caxiense e, portanto, não têm relação alguma com dificuldades supostamente ‘novas, que estariam impedindo as empresas a concederem o reajuste que merecem os trabalhadores”, acrescenta.
Fialkow questiona ainda o fato dos empresários não combaterem os juros altos, que pioram o câmbio há anos, e os cortes no orçamento que dificultam a melhora na logística há décadas. Se escondem atrás de falsos biombos de sempre (como se fossem surgidos agora) para tentar justificar o injustificável e para dizer que não podem crescer pelos mesmos motivos que os fizeram registrar um crescimento recorde em 2010.”
Outra informação noticiada pela imprensa local, que rebate o argumento dos empresários é o aumento na demanda de ônibus. Somente a Marcopolo produziu 6.852 ônibus no primeiro trimestre e registrou uma receita líquida de R$ 761,3 milhões, com crescimento de 12% em relação ao mesmo período em 2010. As exportações no ano passado, em função da Copa do Mundo, na África do Sul, renderam à Marcopolo o Prêmio Exportação RS, concedido anualmente pela ADVB/RS. A premiação foi entregue segunda-feira, dia 20, em Porto Alegre.
A abertura de licitações das linhas interestaduais e internacionais (há anos vencidas e prorrogadas diversas vezes, o que inibia novas aquisições de ônibus, porque só se pagam a longo prazo) também é indicativo de que o segmento continuará crescendo. “Ou seja, com novas concessões por décadas, abre-se todo um novo período de compras, porque as empresas têm previsão de seguir com as linhas que ganharem, portanto acaba-se a insegurança”, explica Fialkow, cintando os recentes pedidos feitos por empresas e estatais Venezuelanas, cujos contratos estão avaliados em centenas de milhões de dólares. O segmento de ônibus também ganhou uma forcinha do governo federal, com a reedição do programa Caminhos da Escola, que subsidia a compra de veículos para o transporte escolar.

Empregos em alta

Os empresários alegam que a situação é tão difícil que as empresas deixaram de contratar. Contudo, comerciais de rádio e caminhões de som anunciam, nos bairros, dezenas de vagas em aberto na Marcopolo. “Os empresários falam de crise e dificuldades , mas comprovamos na prática que a situação das empresas é bem melhor”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Leandro Velho, observando que o Simecs afirma que os salários de Caxias do Sul são 15,6% maiores que a média do estado, mas esquecem de dizer que o crescimento no faturamento também foi bem superior à média gaúcha, que foi de apenas 8,7%, e à média nacional que foi de 10,5%.


Indústria comemora números positivos, mas nega aumento a trabalhadores

As empresas do setor metalúrgico de Caxias do Sul tem comemorado, nos últimos meses, na imprensa local, o crescimento recorde registrado em 2010 e projetado novos incrementos. Em meados de março, o diretor corporativo do Grupo Randon, Astor Schmitt, revelou que a empresa apresentou em 2010 um crescimento de 51% na receita bruta total, em relação ao ano anterior, chegando a R$ 5,6 bilhões e um crescimento de 50,6% na receita líquida, totalizando R$ 3,7 bilhões, o que teria resultado em um lucro líquido consolidado de R$ 249,5 milhões. Para 2011, o diretor-presidente das empresas Randon, David Abramo Randon projetou um receita bruta total de R$ 5,9 bilhões, R$ 300 milhões a mais que em 2010. “Se permanecerem como estão, já será um bom resultado, mas estão inclusive projetando crescimento, então não há justificativa para não conceder reajuste de salários”, argumenta o economista do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, David Fialkow.
Também em março a Guerra S.A. divulgou que 2010 foi um ano de recuperação, no qual a empresa registrou crescimento de 56,1% da receita, chegando a R$ 467,8 milhões, e um lucro líquido de R$ 17,4 milhões. Mesmo com todo este crescimento, a empresa projeta para 2011 um incremento de 6% no faturamento. A Agrale, que em junho divulgou o balanço financeiro de 2010, vive uma situação parecida. Registrou no ano passado lucro líquido de R$ 27 milhões e crescimento na receita líquida de 30%, resultado da venda de 6.850 veículos. A Master, que em junho comemorou 25 anos de atividade, também aproveitou a data para anunciar o desafio lançado aos trabalhadores de duplicar o faturamento até 2014.

sábado, 18 de junho de 2011

Trabalhadores decidiram entrar em estado de greve




Os trabalhadores das metalúrgicas de Caxias do Sul e Região rejeitaram proposta da patronal de 8% de reajuste salarial , aprovaram a entrada da categoria em estado de greve e a realização de assembleia no dia 1ª de julho. A decisão foi tomada em assembleia-geral, realizada na manhã deste sábado, em frente à sede central do Sindicato dos Metalúrgicos, na Rua Bento Gonçalves, 1513. Cerca de mil trabalhadores rejeitaram a proposta dos empresários por consideraram  que o índice que ficou muito aquém dos 14% reivindicados pela categoria.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Assis Melo, salientou a importância do trabalhador no crescimento econômico da cidade. A indústria cresceu, em 2010, 31,8%, sendo que o ramo de caminhões aumentou 54,7% , o de ônibus, 32,8% , e o de veículos rebocados 46%. “Todo este crescimento tem um custo, que são as doenças do trabalho. Nossos trabalhadores estão cada vez mais doentes e isso não é valorizado”.


A reivindicação dos metalúrgicos, de 14% é baseada na soma da inflação de 6,30% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e os 7,5% de crescimento acumulado dos últimos 12 meses do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O presidente do Sindicato, Assis Melo, observa que o argumento dos empresários nas negociações, de que estão enfrentando dificuldades financeiras porque o custo da mão de obra em Caxias do Sul seria muito elevado é incoerente. “Se fosse assim mesmo, como se explica este lucro todo e como as empresas conseguiram crescer tanto em 2010?”, questiona.


O estado de greve significa que acendeu o “sinal amarelo” na campanha salarial. Mesmo tendo sido encerrado o cronograma de negociações, já que a última reunião do cronograma entre trabalhadores e empresários foi na sexta-feira, os trabalhadores continuam abertos à negociação, mas  a categoria intensificará a mobilização e paralisações nas fábricas, preparando para uma grande assembleia no dia 1º, que poderá decidir pela greve.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Presidente Assis Melo convoca metalúrgicos
















A última convocação para Assembleia de Dissídio ocorreu na manhã desta sexta-feira (17) na Marcopolo/Ana Rech. Os trabalhadores do primeiro turno da empresa permaneceram em frente a fábrica, onde o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias e região Assis Melo reiterou a importância da presença de todos os trabalhadores e trabalhadoras na sede central neste sábado.


“O rumo da campanha salarial deste ano será decidido por todos nós. Vamos lotar nossa sede para decidir o que queremos daqui para frente. Não há conquista sem lutas. “ afirmou o líder sindical.


Hoje a tarde, membros da diretoria executiva do Sindicato dos Metalúrgicos estarão reunidos com representantes do Simecs para a última rodada de negociações do dissídio 2011. O índice proposto de 7% já foi rejeitado, sendo considerado insuficiente e muito aquém das necessidades dos trabalhadores.


"Esperamos que nesta última reunião possamos avançar nas negociações.  O trabalhador já produziu muito. Somos uma mão de obra extremamente qualificada. É hora de sermos valorizados pelo nosso trabalho .” salientou o vice presidente Leandro Velho.


A contraproposta do sindicato patronal estará em discussão na Assembleia Geral de Dissídio que acontece na manhã do sábado (18), a partir das 9h30, na sede central do Sindicato (Bento Gonçalves, 1513).

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Trabalhadores da Marcopolo estarão presentes na Assembleia de sábado






Em mais uma convocação para Assembleia Geral de Dissídio, que acontece no sábado (18), o Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias e região foi ovacionado pelos trabalhadores da Marcopolo sede Ana Rech. Mais de 2 mil metalúrgicos que se preparavam para mais uma jornada de trabalho permaneceram em frente a fábrica nesta tarde de quinta-feira (16).

Em quase uma semana de convocações, milhares de trabalhadores manifestaram apoio à luta da entidade. É unânime a indignação diante do índice de 7% proposto pelo sindicato patronal. Nesta sexta-feira, ocorre a última rodada de negociações com o Simecs , que está marcada para as 15hs, na Ftec.

“O dissídio é um problema nosso, de cada trabalhador e cada trabalhadora . Se a categoria não se unir e não dar um basta a este tipo de desrespeito, seremos sempre mais uma peça de reposição. “ ressaltou o vice-presidente do Sindicato, Leandro Velho.

Jorge Rodrigues, secretario-geral da entidade, alertou os trabalhadores sobre a importância de crescer na mesma proporção que a empresa cresce. Se a metalurgia apresentou 31,8% de crescimento no último período, o índice de 14% é mais do que viável. “ Nossa luta nesta campanha salarial não deve ser apenas por aumento justo de salário. O dissídio trata de mais direitos sociais que possibilitem ao trabalhador dar melhores condições de vida a sua família. ” destacou Rodrigues. A pauta de reivindicações entregue ao sindicato patronal possui 69 cláusulas sociais, que incluem melhorias no auxílio-creche, gratuidade no transporte e redução da jornada de trabalho sem redução do salario.

A Marcopolo SA produziu, somente no primeiro trimestre de 2011, cerca de 7 mil unidades em suas operações em todo o mundo e registrou receita líquida de R$ 761,3 milhões, com crescimento de cerca de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.


Todas as notícias e ações do Sindicato estão disponíveis através do site www.metalurgicoscaxias.com.br ou pelo blog da Campanha Salarial, http://naoaceitopouco.blogspot.com.

Aumenta a temperatura da campanha salarial em Assembleia da Randon







“Nós vamos até onde a categoria quiser”. Com esta frase, o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região, Leandro Velho, conclamou os trabalhadores da empresa Randon S.A a participarem da assembleia-geral, que será realizada no próximo sábado, às 9h30min, na sede central do Sindicato (Rua Bento Gonçalves, 1513). A convocação foi feita na manhã desta quinta-feira, dia 16, em assembleia realizada em frente à porta da fábrica, onde mais de dois mil trabalhadores deixaram de entrar para ouvir os dirigentes sindicais. A direção do Sindicato avaliou como muito positiva a mobilização de hoje na empresa, o que revela que a campanha está em franco crescimento com muita adesão entre os trabalhadores.

Durante a assembleia, o líder sindical lembrou também da inclusão dos trabalhadores da Randon no Plano de Participação de Resultados (PPR) em 2010, conquistada a partir da mobilização dos trabalhadores e do Sindicato. “Aquele movimento foi a prova de que podemos conquistar muito com a participação da categoria. Enfrentamos a resistência dos empresários, a truculência da Brigada Militar, mas com a mobilização dos trabalhadores conseguimos garantir os nossos direitos”, sentenciou  Velho.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realiza até sexta-feira (17) uma série de assembleias em frente às empresas para a comunicação dos trabalhadores sobre a proposta de 7% apresentada pelos empresários no início da semana. Em todas as empresas visitadas, o sentimento dos trabalhadores é de descontentamento.  “As empresas tiveram crescimento recorde, graças à força de trabalho dos metalúrgicos, então não é admissível que os empresários queiram dar apenas um ganho real de 0,56%”, defendeu o vice-presidente do Sindicato que representa quase 58 mil trabalhadores.

A reivindicação da categoria é de 14%, baseado na soma da inflação de 6,30% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e os 7,5% de crescimento acumulado dos últimos 12 meses o mês de abril do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, os empresários ofereceram apenas 7% alegando dificuldades econômicas. Somente o setor metalúrgico local registrou em 2010 crescimento de 31,8%. Os próprios empresários têm declarado à imprensa local terem vivido em 2010 um ano histórico com crescimento de 54,7% no ramo de caminhões, 32,8% no de ônibus, 46% nos veículos rebocados.

O Sindicato dos Metalúrgicos e o Simecs ainda realizarão mais uma rodada de negociação na próxima sexta-feira, dia 17, às 15h, na Ftec.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Trabalhadores mobilizados para obter maior reajuste






O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul realizou na tarde desta quarta-feira, dia 15, mais uma assembleia de mobilização dos trabalhadores para a assembleia-geral que será  realizada no próximo sábado (18), as 9h30  na sede central do Sindicato (Bento Gonçalves, 1513). Mais de 700 trabalhadores do turno da tarde ouviram por 2h30min os argumentos da diretoria do Sindicato.

O vice-presidente da entidade, Leandro Velho, salientou o crescimento recorde da indústria caxiense no ano de 2010. Segundo os próprios empresários têm divulgado, o crescimento no ano passado foi de 54,7%. Somente o setor metalúrgico registrou no período um incremento de 31,8%. “Para se ter uma ideia, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro foi de 7% em 2010, então os empresários locais precisam reconhecer  o valor do trabalhador que foi responsável pelo seu crescimento”.

Após três rodadas de negociação com o Simecs, pouco se avançou no índice de reajuste de salários. Enquanto os metalúrgicos reivindicam 14%, baseado na soma da inflação de 6,30% medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e os 7,5% de crescimento acumulado dos últimos 12 meses, os empresários ofereceram apenas 7% alegando dificuldades econômicas. “De nada adianta o desenvolvimento econômico que ocorre neste momento no Brasil, e ainda maior em Caxias do Sul, se parte deste resultado não for parar no bolso do trabalhador, que é quem agrega valor à produção”, defendeu o secretário-geral do Sindicato, Jorge Rodrigues, que trabalhou na Fras-le por 30 anos. 

A próxima rodada de negociação com os empresários será realizada na próxima sexta-feira, às 15h, na Ftec, mas a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos acredita que não haverá avanços na negociação, por isso está convocando toda a categoria para participar no sábado da assembleia-geral, na qual será apreciada e votada a proposta de reajuste. “Se não houver avanços, vamos parar as fábricas, mas para isso é preciso a participação dos trabalhadores na decisão”, afirma Velho.

Campanha salarial: Metalúrgicos realizam assembleia no dia 18




O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul e Região realiza no próximo sábado, dia 18, a partir das 9h30min, na sede da entidade, assembleia para avaliação das negociações e da proposta apresentada pela patronal. Após três rodadas de negociação os empresários se limitaram a oferecer 7% de reajuste salarial, enquanto que o Sindicato reivindica 14% e outros 69 itens. Entre eles, redução da jornada de trabalho, transporte, auxílio-creche e incentivo ao trabalhador estudante. Em nenhuma dessas cláusulas houve avanços.

A diretoria do sindicato já realizou três rodadas de negociação com o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul (Simecs), contudo, pouco se avançou. Apesar de os empresários alegarem estar passando por um momento difícil, somente o setor metalúrgico local registrou em 2010 crescimento de 31,8%, índice superior ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro que foi de 7% no mesmo período.

Os próprios empresários declararam na imprensa terem vivido um ano histórico com crescimento de 54,7% no ramo de caminhões, 32,8% no de ônibus, 46% nos veículos rebocados. “As empresas tiveram crescimento recorde em 2010. Agora é a vez do trabalhador ser valorizado e crescer”, defende o vice-presidente do Sindicato, Leandro Velho, destacando a participação dos trabalhadores e trabalhadoras na assembleia é fundamental para fortalecer a luta pela valorização do trabalho e para garantir aumento real de salários e mais direitos sociais. “A nossa negociação com os empresários depende da participação dos trabalhadores, por isso é importante que todos, associados ou não, participem desta decisão”. 
 O Sindicato dos Metalúrgicos e o Simecs ainda reaizarão mais uma rodada de negociação na próxima sexta-feira, dia 17, às 15h, na Ftec.